quarta-feira, 28 de setembro de 2011

The neverending story...

Gostaria de justificar minha ausência. Estou mudando pra outra cidade e estarei um pouco ausente até me estabilizar. Mas continuem comentando que, assim que possível, eu escrevo novos posts.


A história sem fim de hoje é de uma garota que conheceu um cara. Em quinze dias eles já estavam namorando. Um na casa do outro. Em quatro meses eles terminaram.

Abatida com o término de um “longo” namoro, eu a conheci numa boate. E desde então, toda vez que ela encontra com o dito cujo, ela me procura pra conversar a respeito.

Putz! Já tem um ano isso. O cara tá namorando e quando ela o vê, ainda insiste em algo com ele.  A última vez que aconteceu foi assim:

“tava eu na festa, no canto de boa, ai resolvi passar num camarote lá, que justamente estava o MDF (Motherfucker). Ai o sem vergonha tinha que ir onde eu tava né???! com uns papos mais estranhos... final da estória: eu tava tonta, tentei beijar ele. Aí ele não me beijou, só deu um selinho, mas ele tinha não tinha que me beijar mesmo não, porque ele tá namorando. E ai eu sei que mandei ele tomar no @%#AË$$¨”

Legal, né?! A desculpa pra não assumir os próprios atos é sempre o “eu tava tonto”. Primeiro que eu duvido que a festa tenha acontecido num cômodo de 3X2 metros, pra justificar um lugar onde seria impossível não encontrá-lo. Segundo que, se não quisesse encontrá-lo, assim que o visse era só trocar de lugar.

Tirando a questão que quatro meses não ser tempo suficiente pra criar vínculo tão avassalador, agora eu pergunto: Porque as pessoas não aceitam que não podem ficar com “um certo alguém”? É tão difícil aceitar que a pessoa que você acha perfeita, não acha que você é perfeita pra ela?

Além da obsessão que isso se tornou, ela recheia a própria vida de egoísmo onde (na cabeça dela) compensa não respeitar os desejos do outro e pagar esses micos.

Mas aí virão os defensores da causa e vão dizer que o culpado é ele, que mesmo namorando, deu de cima dela. É mesmo?! Ahhh, tadinha! A mesma coisa seria falar que o leão do zoológico é manso. Se você não quer correr o risco de ser comida, não chegue perto da jaula.

O problema das pessoas é arrumar desculpa pra tudo. É ficar enchendo a cabeça das pessoas com suas fraquezas, ao invés de buscar autoconhecimento e se tornar uma fortaleza e não depositar a própria felicidade em ninguém.

Como disse Mahatma Gandhi (não, não foi Renato Russo, rsrs): “Tudo é dor. E toda dor vem do desejo de não sentirmos dor”. As pessoas estão constantemente fugindo da dor, buscando não sofrer, mas isso gera um sofrimento muito maior. Estamos acostumados a uma sociedade onde temos que parecer ser feliz, parecer ter dinheiro, parecer não sofrer. Só que “parecer” é sofrer em dobro. Viver uma vida platônica não é o ideal e nunca será.

O problema não é o que as pessoas nos proporcionam, e sim o que nós nos permitimos proporcionar. A solução pra isso é a busca do autoconhecimento, e mesmo assim eu sou obrigado a escutar coisas como: “pior é que eu tenho consciência disso tudo”. Ok, já tem consciência. Agora põe em prática!