quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Às minhas EXs, muito obrigado...

É muito egoísmo achar que somos suficientemente perfeitos a ponto de ficar com alguém a qualquer custo. Achar que não importa o que o outro pense, o importante é ficar com essa pessoa. Até que ponto vale tudo isso?

É estranho como as pessoas se comportam nos términos dos relacionamentos. Um querendo voltar a qualquer custo e o outro preocupado com o sofrimento do outro.

Se ninguém é responsável pela felicidade do outro, muito menos deve ser pelo sofrimento. Acabou?! ACABOU! Keep walking. Até um pé na bunda põe a gente pra frente.

Qual é a necessidade de querer essa pessoa a qualquer custo? Só falta-me dizer que é porque sem ela você não vive.  Querer ficar com alguém a qualquer custo sem importar o motivo chama-se obsessão. Às vezes é ela que paga a suas contas, às vezes é quem cuida do seu gato, cachorro, periquito, sei lá. Não importa o motivo. Mas sem, é pura obsessão.

Uma coisa que ninguém faz ao terminar um relacionamento é auto se avaliar e observar os pontos positivos e negativos da relação. É lógico que toda relação tem pontos positivos e negativos, mas é de acordo com o seu interesse e em que refletem na sua vida e objetivos que vão ser pesados. Aí vem o caso: A pessoa termina com você e os pontos negativos sobressaem os positivos. Essa pessoa te fez foi um favor. Ela te poupou todo o trabalho do término da relação. Mas infelizmente nós não fomos e nem somos educados a lidar com as perdas, e praquele que é a parte afetada do término, é um grande transtorno, mesmo sendo o término uma vantagem.

Eu acordo todo dia pensando em ficar rico, que algumas pessoas do meu trabalho fiquem menos chatas, que não tenha trânsito, que o elevador esteja no meu andar quando eu vou sair de casa, como um monte de outras coisas. E sabe o que acontece? Eu ainda não sou rico, as pessoas continuam chatas, o trânsito continua infernal e o elevador, nunca tá no meu andar. O que isso significa? Isso tudo são “nãos” que recebemos todos os dias.

Mas a vida do povo é reclamar e querer que tudo dê certo. Tem gente que reclama tanto que, em meia hora de conversa contando a vida desgraçada que ele tem, já acaba com seu dia. Mas fazer o que? Vai ficar reclamando ou vai tomar um rumo na vida? Tem gente que foca no problema, outros na solução. Nos relacionamentos também é assim.

As pessoas tem que entender que, pra um ganhar o outro tem que perder. Não existe empate em términos de relacionamento. E que tudo isso também é um ponto de vista. Até que ponto você está perdendo ou ganhando?

Agora eu pergunto: Quantos relacionamentos você já teve? Com quais critérios você avalia a relação pra saber que esse é o melhor pra você? Vou contar duas coisas que tem muita gente que ainda não sabe. Primeira: NÓS NÃO SOMOS PERFEITOS! E por achar que somos ou que tudo tem que dar certo, perdemos a oportunidade conhecer alguém melhor.

Segundo: A GENTE ACOSTUMA COM COISA RUIM. Sim, tem gente que fica tão acostumado com coisa ruim que, quando é pra melhorar de vida ela não quer.

Quer ver como a gente acostuma com coisa ruim?! Além de política e futebol, que são coisas ruins que já estamos acostumados, todos já nos relacionamos com alguém e, em algum momento passou pela cabeça o término da relação. Nesse momento, começamos a nos auto sabotar e a pensar mais no outro que em nós mesmos. Nós visualizamos a da dor do outro, o sofrimento do término da relação, e com isso nós não terminamos. Continuamos na relação ruim e acabamos nos acomodando. Às vezes até nós mesmos não queremos sair da relação para não sofrer, e/ou até buscamos justificativas para permanecer no relacionamento como “ah, ela é uma boa mãe pros meu filho”, “ela é companheira”, “ela limpa peixe”... rsrs. Mas tudo isso é fuga. É acostumar com o ruim. É evitar e não aceitar que algo melhor está por vir.

Nós não temos que ter dó de ninguém. Quer fazer uma boa ação? Vá fazer algum trabalho voluntário. Ajude o próximo. Eu não quero que ninguém fique comigo por puro capricho meu e muito menos por dó. Isso pra mim é não gostar de você mesmo. Abrir mão da própria felicidade pra satisfazer o próximo é o mesmo que ser infeliz.

Mas tem gente que consegue. Tem gente que, de tanto o outro insistir em voltar, acaba cedendo. Além de abrir mão da própria felicidade, vai iludir o outro com a volta. Isso é uma coisa absurda. Ficar com alguém por misericórdia é causar duas infelicidades. Uma por não ter o que se deseja, a outra porque você está impedindo a outra pessoa de ser feliz. Nós não somos responsáveis pela felicidade dos outros, mas somos extremamente influenciadores da infelicidade.

É necessário entender que ficar com alguém por dó é falta de amor, consigo e pelo próximo. É não permitir que o outro seja feliz. É não permitir que você mesmo(a) seja feliz.

Amar com a condição (e, muitas vezes, obrigação) de estar junto, não é amar, é ser hipócrita e egoísta.

Demonstrar que gosta de alguém é aceitar que o que faz alguém feliz são os próprios sonhos e desejos. Então deixe ser feliz. Permita que a(o) outra(o) seja feliz com outra pessoa, já que o término é inevitável.

Tem gente que fica preocupado em saber que (a)o “ex” estará com outra pessoa, que tudo que “eu” fiz ou passei com fulano outra pessoa vai poder passar. O amor que eu demonstrei foi em vão, que vai ter outro dormindo na “nossa” cama. Tem gente que pensa essas merdas todas como também os que não querem aceitar que já tivemos experiências anteriores.

É muita petulância de alguém achar que eu vou ser só dela. Na nossa vida temos amigos, família, filhos. Só nisso já tá implícito que é impossível alguém ser de uma pessoa somente. E porque não viver e amar nossa(o) companheira(o) assim como as(os) “EX”?! Imagine você, com o potencial de amar verdadeiramente todas as pessoas que encontramos pela vida, com a gratidão da experiência que tiveram, e principalmente, pela oportunidade que ela(e) te deu de amar novamente.

Só que infelizmente as pessoas ainda não descobriram que o amor está em quem pratica, e não em quem recebe.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sex on the head...

O imediatismo tem tomado conta de nossas vidas, e o prazer/felicidade imediato não permite que busquemos o autoconhecimento. As pessoas têm vivido de maneira “ah, foi muito bom. Vivamos não importa como. Não quero entender nada... vamos viver.”. Nada melhor que viver a vida intensamente, mas nada pior do que não entender o que se se vive.

É muito comum ouvir as pessoas reclamarem do que não entendem. “Nossa, era tão bom o relacionamento. Não sei por que tudo acabou”, “Vivi loucuras no final de semana, mas ele(a) não me ligou mais...” ou até “não sei porque ele não assume o relacionamento”,  e a clássica “ele conseguiu o que queria e desapareceu”.

Existem pessoas que vivem de uma maneira mais instintiva que outras, e por isso a necessidade do sexo é mais transparente. Não que seja pura libertinagem, mas existe uma entrega maior ao sexo, porém não compreende isso como necessidade fisiológica. Às vezes vive em busca de um amor pra vida toda, mas não deixa de fazer sexo por causa disso. A ilusão começa quando se mistura a necessidade fisiológica com a busca do “amor pra vida toda”.

Imagine a situação: Você faminto, alguém te leva pra jantar num restaurante bom, a “comida” que você ganha é excelente. Inconscientemente, o prazer da saciedade fica atribuído àquele que proporcionou o “matar a fome”.  A confusão psicológica inicia neste momento, onde é sexo vai parar na cabeça.

O sexo é uma necessidade fisiológica tão importante quanto comer, beber e dormir. A falta dele gera a necessidade da busca.  Há casos de pessoas que mantém relacionamentos paralelos a fim de satisfazer essa necessidade, como no comentário abaixo:

“Em uma situação semelhante, jurava que meu PA era meu amor pra vida toda. Tínhamos um sexo muito bom, ele era uma pessoa ótima, e um "relacionamento" sem as coisas chatas, tais como ciúmes, cobranças, etc... mas não sei qual era o medo do cara, se era relacionamento, se era ser um PA, se era ser um objeto, um amigo. Tudo se misturou e confundiu. Eu podia estar enganada. Ou certa. Era um amor pra vida toda, sabendo que foi eterno enquanto durou. E foram mais de 7 anos.”

Não há como analisar a relação somente com o parágrafo acima. Para tudo na vida, é preciso conhecer os fatos e as atitudes que antecedem os fatos, mas friamente falando, um relacionamento sem as coisas chatas não é um relacionamento. É só sexo mesmo. E sendo só sexo, só prova que sexo é fisiológico e que, ficar com alguém é uma questão de escolha, pois é com essa que iremos conviver com as “coisas chatas”. Tanto homens e mulheres podem passar pela situação acima. O importante é se autoconhecer para entender os “porquês” desse tipo de envolvimento e não ficar confuso na história.

Porém, existe ainda outro tipo de confusão psicológica que acontece geralmente com as mulheres. O sexo acontece como fator coadjuvante para sustentar a carência afetiva.
De maneira instintiva/inconsciente, os homens buscam o sexo pela necessidade fisiológica. Promiscuamente falando, ninguém entra num triangulo amoroso se não tiver sexo envolvido. Se for só pra bater papo um psicólogo resolveria o problema. Com as mulheres (não generalizando), existe uma necessidade de se envolver psicologicamente para justificar o sexo, e em outros casos, o sexo só existe pra justificar ligação psicológica criada.

Um relacionamento desestruturado favorece um desequilíbrio mútuo. As mulheres param de se interessar sexualmente por “n” motivos (estes que não vêm ao caso) e instintivamente, os homens (não generalizando também) traem pela falta de sexo. Na impede que o oposto aconteça, mas neste tipo de situação, geralmente é a mulher que busca algo fora do relacionamento para satisfazer uma necessidade afetiva, e a atração (sexual) inicia quando nasce algum vínculo emotivo. Há casos onde alguns dizem se apaixonar facilmente, porém, não é que se apaixonam fácil, apenas suprem uma necessidade. Neste ponto o imediatismo consome o necessitado, e quanto mais fácil é o acesso para suprir isso, mais viciante se torna. Às vezes isso é causado até pela falta de amizade na relação, da mesma maneira que também pode ser causada pelo excesso dela.

Nem todos tem a paciência de compreender o que está acontecendo, e por isso há a fuga pelo prazer imediato, sendo ele sexual ou emocional. Viver a vida intensamente é ótimo, mas é fundamental conhecer nossas emoções para compreender onde ela está nos levando.

Não existe uma fórmula para autoconhecimento. Se nós somos frutos de nossas experiências, o que vale é aprender com elas... Mas é aprender e colocar em prática!!!