segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sex on the head...

O imediatismo tem tomado conta de nossas vidas, e o prazer/felicidade imediato não permite que busquemos o autoconhecimento. As pessoas têm vivido de maneira “ah, foi muito bom. Vivamos não importa como. Não quero entender nada... vamos viver.”. Nada melhor que viver a vida intensamente, mas nada pior do que não entender o que se se vive.

É muito comum ouvir as pessoas reclamarem do que não entendem. “Nossa, era tão bom o relacionamento. Não sei por que tudo acabou”, “Vivi loucuras no final de semana, mas ele(a) não me ligou mais...” ou até “não sei porque ele não assume o relacionamento”,  e a clássica “ele conseguiu o que queria e desapareceu”.

Existem pessoas que vivem de uma maneira mais instintiva que outras, e por isso a necessidade do sexo é mais transparente. Não que seja pura libertinagem, mas existe uma entrega maior ao sexo, porém não compreende isso como necessidade fisiológica. Às vezes vive em busca de um amor pra vida toda, mas não deixa de fazer sexo por causa disso. A ilusão começa quando se mistura a necessidade fisiológica com a busca do “amor pra vida toda”.

Imagine a situação: Você faminto, alguém te leva pra jantar num restaurante bom, a “comida” que você ganha é excelente. Inconscientemente, o prazer da saciedade fica atribuído àquele que proporcionou o “matar a fome”.  A confusão psicológica inicia neste momento, onde é sexo vai parar na cabeça.

O sexo é uma necessidade fisiológica tão importante quanto comer, beber e dormir. A falta dele gera a necessidade da busca.  Há casos de pessoas que mantém relacionamentos paralelos a fim de satisfazer essa necessidade, como no comentário abaixo:

“Em uma situação semelhante, jurava que meu PA era meu amor pra vida toda. Tínhamos um sexo muito bom, ele era uma pessoa ótima, e um "relacionamento" sem as coisas chatas, tais como ciúmes, cobranças, etc... mas não sei qual era o medo do cara, se era relacionamento, se era ser um PA, se era ser um objeto, um amigo. Tudo se misturou e confundiu. Eu podia estar enganada. Ou certa. Era um amor pra vida toda, sabendo que foi eterno enquanto durou. E foram mais de 7 anos.”

Não há como analisar a relação somente com o parágrafo acima. Para tudo na vida, é preciso conhecer os fatos e as atitudes que antecedem os fatos, mas friamente falando, um relacionamento sem as coisas chatas não é um relacionamento. É só sexo mesmo. E sendo só sexo, só prova que sexo é fisiológico e que, ficar com alguém é uma questão de escolha, pois é com essa que iremos conviver com as “coisas chatas”. Tanto homens e mulheres podem passar pela situação acima. O importante é se autoconhecer para entender os “porquês” desse tipo de envolvimento e não ficar confuso na história.

Porém, existe ainda outro tipo de confusão psicológica que acontece geralmente com as mulheres. O sexo acontece como fator coadjuvante para sustentar a carência afetiva.
De maneira instintiva/inconsciente, os homens buscam o sexo pela necessidade fisiológica. Promiscuamente falando, ninguém entra num triangulo amoroso se não tiver sexo envolvido. Se for só pra bater papo um psicólogo resolveria o problema. Com as mulheres (não generalizando), existe uma necessidade de se envolver psicologicamente para justificar o sexo, e em outros casos, o sexo só existe pra justificar ligação psicológica criada.

Um relacionamento desestruturado favorece um desequilíbrio mútuo. As mulheres param de se interessar sexualmente por “n” motivos (estes que não vêm ao caso) e instintivamente, os homens (não generalizando também) traem pela falta de sexo. Na impede que o oposto aconteça, mas neste tipo de situação, geralmente é a mulher que busca algo fora do relacionamento para satisfazer uma necessidade afetiva, e a atração (sexual) inicia quando nasce algum vínculo emotivo. Há casos onde alguns dizem se apaixonar facilmente, porém, não é que se apaixonam fácil, apenas suprem uma necessidade. Neste ponto o imediatismo consome o necessitado, e quanto mais fácil é o acesso para suprir isso, mais viciante se torna. Às vezes isso é causado até pela falta de amizade na relação, da mesma maneira que também pode ser causada pelo excesso dela.

Nem todos tem a paciência de compreender o que está acontecendo, e por isso há a fuga pelo prazer imediato, sendo ele sexual ou emocional. Viver a vida intensamente é ótimo, mas é fundamental conhecer nossas emoções para compreender onde ela está nos levando.

Não existe uma fórmula para autoconhecimento. Se nós somos frutos de nossas experiências, o que vale é aprender com elas... Mas é aprender e colocar em prática!!!

7 comentários:

  1. ok. Assumo.
    fazemos confusão demais!

    massss...
    uma coisa que sempre achei errada é, começar a perder o interesse, ou a paixão, ou o tesão e não explicar durante o processo... mas só quando a decisão está tomada. Simplesmente paramos de transar.

    ...
    foda é ter q entender homem e sexo, vocês podem ser a maioria igual, mas todos tem sua excessão, nem todos aceitam o sexo da forma descrita.

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  2. Olha, eu não posso responder por todos os homens. Eu respondo só por mim. Mas é compreensível generalizar a situação. Aí pergunto: se tens conhecido somente pessoas assim, não seria válido conhecer-se um pouco mais e descobrir porque você se permite isso?
    A partir do momento que você não quer algo pra sua vida, só cabe à você não aceitá-lo....

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  3. Então, quanto a sua pergunta...
    simplesmente não há o que comentar...

    talvez relacionar não seja um ponto forte.
    talvez não tenha aprendido as chatices e gostosuras de um relacionamento... vai saber?

    será que foi falta de tentativa, opção ou oportunidade?

    Agente aprende pelo que passa, ainda não passei por um relacionamento de cobranças, chatices e gostosuras,
    talvez seja isso, talvez eu não.

    E o pq se permitir a isso? talvez escapar de coisas que tenho de viver...
    talvez...

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  4. Às vezes não é que relacionamento não seja um ponto forte. Às vezes pode ser uma escolha pra sua vida não se relacionar. Às vezes ainda não chegou o momento. Tá aí outro ponto da necessidade de se autoconhecer.
    Quando isso acontecer, você troca o "talvez" para definitivamente "ser".

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  5. euheuhue e viveriam felizes para sempre no amor pra vida toda!
    xD

    =***

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  6. uashuashuashasu...
    Estava falando apenas de você. Sobre suas escolhas. Parar de "talvez" escolher para escolher "de vez". rsrsrrsrs.

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