segunda-feira, 9 de abril de 2012

A dor na construção do eu... do seu e do meu...


Citarei três histórias, e depois falarei a respeito.

“Muitas vezes eu saí de casa armada até os dentes, com todos os argumentos possíveis sobre todos os momentos ruins que já passamos juntos. Por tudo de ruim que ele me fez passar. Mas às vezes eu nem chegava a terminar. Na maioria das vezes, eu saía da sua casa pedindo pra ele voltar comigo...”.

“Nossa, meu último relacionamento foi tenso. Namorei por cinco anos com meu primeiro namorado, mas não compreendia como eu consegui ficar tanto tempo neste relacionamento. Ele nunca foi bom pra mim. Nunca me tratou bem ou com carinho. Não que eu fosse uma santa, mas era tão insegura que também aprontava às vezes, já que essa insegurança não permitia que eu criasse raízes na relação. Vivia em pé de guerra. Sempre terminava e voltava, mas sempre sentia algo doentio. Algo que me fazia voltar com ele. Que fazia eu sentir falta dele. Uma vez na tentativa de terminar, declarei tê-lo traído. Mas mesmo assim ele queria ficar comigo. Mas ele mentia o tempo todo, dizia que queria ficar comigo. Eu só consegui por um ponto final nessa história quando o peguei com outra após ouvi-lo pedir pra voltar dizendo que não tinha ninguém.”

“Meu pai bateu muito em meus irmãos quando éramos crianças. Eu não me lembro de ter apanhado dele. Creio que não apanhei mesmo, pois meu respeito (diga-se de passagem: medo) era tamanho à necessidade de fazer tudo certinho. Uma vez ouviu de longe alguém reclamar, melhor dizendo lamuriar, o porquê de a carne moída ter sido misturada ao repolho. Ao chegar na cozinha, perguntou quem havia dito tal coisa. Minha mãe, por puro “respeito”, me entregou aos prantos. Nessa, eu fui obrigada a comer um prato cheio, mas muito cheio, só de carne moída com repolho. Meus irmãos, faziam xixi na calça só por ouvi-lo clamar seus nomes. Meu irmão, apanhava sempre que voltava do mercadinho, pois sempre trazia coisas erradas. Não que ele era lesado, mas sentia tanto medo de errar que esquecia o que realmente lhe foi solicitado e acabava trazendo outra coisa, mesmo que errada. O que eu não entendo é porque eu o amava tanto. O porquê sentir tanto a sua falta mesmo depois de tantos anos passados de sua morte. Chego a ter medo do vazio que eu sinto com a sua ausência...”

Muitas vezes nos perguntamos sem encontrar a resposta, porque nos permitimos passar por tantas situações ruins e/ou não nos libertamos dessas amarras que possuímos com o passado.
Cada situação é mais complexa que a outra, mas a resposta é muito simples: tudo culpa da dor e da falta de autoconhecimento.

No primeiro caso, faltou explicar o que ele fazia para que ela, mesmo querendo terminar, continuasse com ele. Percebendo a intenção dela, antes que ela puxasse o gatilho que anunciaria o término da relação, ele se antecipava e anunciava o que ela tanto queria. Como nós não somos educados a lidar com nossas frustações, sentir a dor da negação fazia com que o jogo se invertesse, e seus planos iam por água abaixo. Durante o término de uma relação, só existe uma pessoa capaz de impedí-lo(a) de tomar tal atitude: que é você mesmo.

Ninguém melhor que nós mesmos para ser nosso melhor amigo. Mas ninguém pior para ser nosso pior inimigo.

Já nos outros casos, o processo é um pouco complicado.
A sociedade é recheada de vários exemplos de relacionamentos conturbados, seja ele em família, namoro ou casamento. Quantos de nós não conhecemos uma mulher que apanha do marido, mas que nunca consegue sair da relação?!

O problema é que esses relacionamentos são baseados na dor. É tanto sofrimento que a dor passa a ser o combustível da relação, seja qual ela for.

A nossa vida é moldada pelo prazer, podendo ser ele sexual, visual, auditivo, tátil, etc. Imagine nosso corpo como uma máquina, onde o cérebro é o centro de processamento de dados e o resto do corpo é responsável pela capitação de estímulos. A partir do momento que algum estímulo é gerado, automaticamente o cérebro processa esse estímulo e grosseiramente falando, ele entende que nosso corpo foi excitado. (excitado = estímulo). Porém, as mesmas células que recebem prazer são as que processam a dor.

Exemplificando melhor, o mesmo tapa que provoca a dor é o que provoca prazer no sexo. De uma maneira inconsciente nós ficamos excitados com o sofrimento, e isso causa uma dependência, porém negativa.
No segundo caso, existe um mix de prazer e dor no relacionamento. É a famosa estória de conto de fadas onde a mocinha se apaixona pelo bandido. Se tivermos consciência de que ele é “bandido”, por que manter-se na relação? Alguns gostam de correr de moto ou carro, outros de pular de paraquedas, e alguns gostam de sofrer. Não que o sofrimento seja uma escolha, mas da mesma maneira que nos outros casos, sofrer também gera adrenalina.

Já no terceiro caso, não existe mix nenhum. É só dor. Imaginando que nós procuramos tornar-nos pessoas melhores a cada geração, provavelmente o que este pai conseguiu ser com os filhos foi fruto das experiências dele. Se ele já vem melhorado, imagine só o que este indivíduo passou quando jovem...

Como a relação deste caso é paternal, não temos como simplesmente “terminar” com o relacionamento. O que se pode fazer é autoconhecer-se e compreender a causa do sofrimento, e entender que este pai deu o melhor que ele pôde.

Estou sempre frisando a importância do autoconhecimento, e mais uma vez volto a dizer a sua importância. Mesmo que saibamos como evitar o erro e/ou situação que nos desagrada, se não possuímos conhecimento, neste caso o autoconhecimento, conhecimento do processo de como foi causado tal situação, estaremos fadados a passar pela mesma situação novamente. Conhecimento liberta, inclusive, de permanecermos no mesmo erro. A partir do momento que a ignorância é deixada, só cabe a você permanecer no erro por livre espontânea vontade.

Você pode escolher entre ser o retrato de sua criação, ou fruto de suas próprias experiências.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Heroes...

Este texto foi escrito em inglês porque foi tema de uma aula... de inglês! =)



Sometimes we think how would be if we were heroes or if we had superpowers. Actually, we are heroes. But no one knows that.

We are always looking for something to help us to get ours goals, searching for any solutions or stuffs could solve some troubles. Why it is always happening?

Easy to answer.  Our focus is in the trouble, not in the solution. We are much focused in don’t suffer , don’t feel pain and we forget the main, the solution.

If you just wait the solution, or someone helps or something happens to you, if you pass by the same problem, probably you will need some help again, because you wasn’t part of the solution or hadn’t participation on it.

You can be thinking “What a hell is it mean?”.  What I mean is, all these things are our heroes. The worst think is wait for this kind of hero. There is no hero like it. But the good news is, we can be our own hero.

We need stop search for theses heroes and starts to believe in ourselves. The time we spent waiting is the same time we spent to solving some troubles. We need find knowledge, self-knowledge, we need study about everything that makes us grow up.

Think about, how good it could be if all ours goals were got by ourselves?! 



terça-feira, 20 de março de 2012

Muito importante...


Tem hora que eu sou obrigado a concordar com as mulheres. Como tem cara perdido nesse mundo. Mas isso é assunto pra outro post. Vou apenas compartilhar esse momento com vocês...

Como é de costume, eu não abro e-mails que os destinatários são desconhecidos. Mas de certa forma, este me chamou a atenção. Não tinha assunto, mas na prévia do e-mail tinha meu nome. Eu resolvi abri-lo. Sim. O e-mail era pra mim.

Não repare os erros de português. Algumas coisas eu tive ler novamente para entender também. Mas eu queria colocar o original.

Segue o email...

Muito importante

Oi tudo bem Claudio?
Bom você não me conhece, mas, eu vi mensagens sua no telefone de uma linda moça na qual eu me interesso muito. Achei muito estranho porque ela costuma apagar as mensagens recebidas e as suas foram a única que ela não apagou.

Não quero confusão nenhuma,  ate porque não sou disso , pelo contrario to falando de boa de homem para homem.

Pelo o que procurei saber ao seu respeito você é um cara meio sei lá, acha que sabe muito de mulheres e parece que adora usar isso para atraí-las ,e depois como um cara relacionalmente instável você cai fora porque parece não achar o que procura. MAS EU ACHEI E NÃO TO DISPOSTO A PERDER. ENTENEU?

Não deve saber de quem to falando mas a “Kreuza” é diferente cara, ela é inocente e ao mesmo tempo madura , e doce, tem um lindo brilho nos olhos e um sorriso lindo que fica por onde ela passa. Você não conhece ela ! é uma batalhadora, esforçada independente, inteligente, MUITO animada . ate hoje não conheci ninguém que tenha um coração tão grande como ela , é um anjo que ajuda todo mundo e as vezes esquece dela .

Pó cara eu não to dizendo que ela é minha, mas sei lá se toca, se ta querendo brincar com ela você pode se ferar . Porque comigo foi assim sem eu perceber já tava loco com ela .
E sinceramente  quero so a felicidade dela seja comigo ou não .

Não sei o que aconteceu entre vocês mas tudo bem não tenho nada com ela (AINDA) mas eu acho que você ta no caminho veio . ta afim so de curtir e eu de amar .

Numa boa nem te conheço só falei o que penso. Foi mau ai qualquer coisa e avisa ai se já ta saindo da área.... kkkkk


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Eu não sei (apesar de desconfiar) o que passa na cabeça das pessoas pra fazerem uma coisa dessas, mas agora segue a minha resposta:


Velho, tudo que eu vou te falar também é de boa. Já que não me conhece, inicialmente já te falo que sou sincero, exponho o que eu penso.

Primeiramente, o que eu procuro entender é de comportamento humano e, por ser homem, é lógico que sou voltado para mulheres. Mas eu não uso isso como artifício para atrair mulheres.
Se isso funcionasse, eu montaria um stand com uma placa e apenas as esperaria. Mas quando somos capazes de trocar experiências, é enriquecedor ouvir e compartilhar histórias. Eu não sei o que é “relacionalmente”, muito menos instável, mas se for o que estou imaginando, essa é a última coisa que eu sou. Quem me conhece sabe que eu não faço propaganda pra ninguém, sempre sou o que eu sou. Pra mim, isso é ser estável. Parecer ser alguém que você não é, é que é ser instável.

Se levantar as qualidades é conhecer alguém, eu gostaria de informar-lhe que nada do que você disse é novidade pra mim. É legal quando as pessoas encontram alguém que as completa. Mas o ideal é achar alguém que as acrescente, pois se está completando, é sinal que já vêm faltando algo.

Eu também desejo a felicidade dela, como a felicidade de todo mundo. Mas isso é uma coisa que tem que ser conquistada por ela. A felicidade é um estilo de vida individual, porém contagiante. As pessoas se proporcionam bons momentos, mas ninguém faz ninguém feliz.

Se você acha que eu estou no caminho, gostaria de dizer que, eu realmente estou no caminho. O que você precisa entender é que, relacionamento, independente de qual seja, foi feito pra acrescentar. Não é desejando e pedindo que os amigos dela se afastem que você vai conseguir ficar com ela. Diferente do que você pensa, amigos são excelentes termômetros de uma relação. Se eles não te aprovam, só cabe a ela uma coisa pra ficar com você, que é se afastar deles. Mas vale lembrar que amigos é a única coisa que temos na vida, que escolhemos.

Ao contrário de você, eu não precisei procurar pra saber sobre a sua existência. Ela é livre até pra falar o que quiser comigo e pra fazer as próprias escolhas, e em momento algum eu a embarreirei pra ficar com você. Muito pelo contrário, eu disse que a gente só sabe se as coisas vão dar certo se a gente arriscar. É muita hipocrisia das pessoas acharem que alguém foi/será de uma pessoa somente. Como também é muita burrice achar que o fato dela ser perfeita para nossos interesses é o mesmo que sermos perfeitos para os interesses dela.

Realmente parece que você está louco com ela. Melhor, só louco. É estranho saber que você procurou saber quem eu sou. Você está procurando me desqualificar pra ficar com ela, mas parece que você não conseguiu, já que está pedindo pra eu sair do caminho. A sua insegurança vai atrair no máximo a sua mãe. Eu acho uma falta de respeito mexer no celular de alguém. Isso pra mim é invasão de privacidade. Se você está inseguro com relação a ela, não é mexendo nas coisas dela que vai fazê-la ficar atraída. Pra mim isso só afasta. Tome cuidado pra isso não virar uma obsessão.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Às minhas EXs, muito obrigado...

É muito egoísmo achar que somos suficientemente perfeitos a ponto de ficar com alguém a qualquer custo. Achar que não importa o que o outro pense, o importante é ficar com essa pessoa. Até que ponto vale tudo isso?

É estranho como as pessoas se comportam nos términos dos relacionamentos. Um querendo voltar a qualquer custo e o outro preocupado com o sofrimento do outro.

Se ninguém é responsável pela felicidade do outro, muito menos deve ser pelo sofrimento. Acabou?! ACABOU! Keep walking. Até um pé na bunda põe a gente pra frente.

Qual é a necessidade de querer essa pessoa a qualquer custo? Só falta-me dizer que é porque sem ela você não vive.  Querer ficar com alguém a qualquer custo sem importar o motivo chama-se obsessão. Às vezes é ela que paga a suas contas, às vezes é quem cuida do seu gato, cachorro, periquito, sei lá. Não importa o motivo. Mas sem, é pura obsessão.

Uma coisa que ninguém faz ao terminar um relacionamento é auto se avaliar e observar os pontos positivos e negativos da relação. É lógico que toda relação tem pontos positivos e negativos, mas é de acordo com o seu interesse e em que refletem na sua vida e objetivos que vão ser pesados. Aí vem o caso: A pessoa termina com você e os pontos negativos sobressaem os positivos. Essa pessoa te fez foi um favor. Ela te poupou todo o trabalho do término da relação. Mas infelizmente nós não fomos e nem somos educados a lidar com as perdas, e praquele que é a parte afetada do término, é um grande transtorno, mesmo sendo o término uma vantagem.

Eu acordo todo dia pensando em ficar rico, que algumas pessoas do meu trabalho fiquem menos chatas, que não tenha trânsito, que o elevador esteja no meu andar quando eu vou sair de casa, como um monte de outras coisas. E sabe o que acontece? Eu ainda não sou rico, as pessoas continuam chatas, o trânsito continua infernal e o elevador, nunca tá no meu andar. O que isso significa? Isso tudo são “nãos” que recebemos todos os dias.

Mas a vida do povo é reclamar e querer que tudo dê certo. Tem gente que reclama tanto que, em meia hora de conversa contando a vida desgraçada que ele tem, já acaba com seu dia. Mas fazer o que? Vai ficar reclamando ou vai tomar um rumo na vida? Tem gente que foca no problema, outros na solução. Nos relacionamentos também é assim.

As pessoas tem que entender que, pra um ganhar o outro tem que perder. Não existe empate em términos de relacionamento. E que tudo isso também é um ponto de vista. Até que ponto você está perdendo ou ganhando?

Agora eu pergunto: Quantos relacionamentos você já teve? Com quais critérios você avalia a relação pra saber que esse é o melhor pra você? Vou contar duas coisas que tem muita gente que ainda não sabe. Primeira: NÓS NÃO SOMOS PERFEITOS! E por achar que somos ou que tudo tem que dar certo, perdemos a oportunidade conhecer alguém melhor.

Segundo: A GENTE ACOSTUMA COM COISA RUIM. Sim, tem gente que fica tão acostumado com coisa ruim que, quando é pra melhorar de vida ela não quer.

Quer ver como a gente acostuma com coisa ruim?! Além de política e futebol, que são coisas ruins que já estamos acostumados, todos já nos relacionamos com alguém e, em algum momento passou pela cabeça o término da relação. Nesse momento, começamos a nos auto sabotar e a pensar mais no outro que em nós mesmos. Nós visualizamos a da dor do outro, o sofrimento do término da relação, e com isso nós não terminamos. Continuamos na relação ruim e acabamos nos acomodando. Às vezes até nós mesmos não queremos sair da relação para não sofrer, e/ou até buscamos justificativas para permanecer no relacionamento como “ah, ela é uma boa mãe pros meu filho”, “ela é companheira”, “ela limpa peixe”... rsrs. Mas tudo isso é fuga. É acostumar com o ruim. É evitar e não aceitar que algo melhor está por vir.

Nós não temos que ter dó de ninguém. Quer fazer uma boa ação? Vá fazer algum trabalho voluntário. Ajude o próximo. Eu não quero que ninguém fique comigo por puro capricho meu e muito menos por dó. Isso pra mim é não gostar de você mesmo. Abrir mão da própria felicidade pra satisfazer o próximo é o mesmo que ser infeliz.

Mas tem gente que consegue. Tem gente que, de tanto o outro insistir em voltar, acaba cedendo. Além de abrir mão da própria felicidade, vai iludir o outro com a volta. Isso é uma coisa absurda. Ficar com alguém por misericórdia é causar duas infelicidades. Uma por não ter o que se deseja, a outra porque você está impedindo a outra pessoa de ser feliz. Nós não somos responsáveis pela felicidade dos outros, mas somos extremamente influenciadores da infelicidade.

É necessário entender que ficar com alguém por dó é falta de amor, consigo e pelo próximo. É não permitir que o outro seja feliz. É não permitir que você mesmo(a) seja feliz.

Amar com a condição (e, muitas vezes, obrigação) de estar junto, não é amar, é ser hipócrita e egoísta.

Demonstrar que gosta de alguém é aceitar que o que faz alguém feliz são os próprios sonhos e desejos. Então deixe ser feliz. Permita que a(o) outra(o) seja feliz com outra pessoa, já que o término é inevitável.

Tem gente que fica preocupado em saber que (a)o “ex” estará com outra pessoa, que tudo que “eu” fiz ou passei com fulano outra pessoa vai poder passar. O amor que eu demonstrei foi em vão, que vai ter outro dormindo na “nossa” cama. Tem gente que pensa essas merdas todas como também os que não querem aceitar que já tivemos experiências anteriores.

É muita petulância de alguém achar que eu vou ser só dela. Na nossa vida temos amigos, família, filhos. Só nisso já tá implícito que é impossível alguém ser de uma pessoa somente. E porque não viver e amar nossa(o) companheira(o) assim como as(os) “EX”?! Imagine você, com o potencial de amar verdadeiramente todas as pessoas que encontramos pela vida, com a gratidão da experiência que tiveram, e principalmente, pela oportunidade que ela(e) te deu de amar novamente.

Só que infelizmente as pessoas ainda não descobriram que o amor está em quem pratica, e não em quem recebe.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sex on the head...

O imediatismo tem tomado conta de nossas vidas, e o prazer/felicidade imediato não permite que busquemos o autoconhecimento. As pessoas têm vivido de maneira “ah, foi muito bom. Vivamos não importa como. Não quero entender nada... vamos viver.”. Nada melhor que viver a vida intensamente, mas nada pior do que não entender o que se se vive.

É muito comum ouvir as pessoas reclamarem do que não entendem. “Nossa, era tão bom o relacionamento. Não sei por que tudo acabou”, “Vivi loucuras no final de semana, mas ele(a) não me ligou mais...” ou até “não sei porque ele não assume o relacionamento”,  e a clássica “ele conseguiu o que queria e desapareceu”.

Existem pessoas que vivem de uma maneira mais instintiva que outras, e por isso a necessidade do sexo é mais transparente. Não que seja pura libertinagem, mas existe uma entrega maior ao sexo, porém não compreende isso como necessidade fisiológica. Às vezes vive em busca de um amor pra vida toda, mas não deixa de fazer sexo por causa disso. A ilusão começa quando se mistura a necessidade fisiológica com a busca do “amor pra vida toda”.

Imagine a situação: Você faminto, alguém te leva pra jantar num restaurante bom, a “comida” que você ganha é excelente. Inconscientemente, o prazer da saciedade fica atribuído àquele que proporcionou o “matar a fome”.  A confusão psicológica inicia neste momento, onde é sexo vai parar na cabeça.

O sexo é uma necessidade fisiológica tão importante quanto comer, beber e dormir. A falta dele gera a necessidade da busca.  Há casos de pessoas que mantém relacionamentos paralelos a fim de satisfazer essa necessidade, como no comentário abaixo:

“Em uma situação semelhante, jurava que meu PA era meu amor pra vida toda. Tínhamos um sexo muito bom, ele era uma pessoa ótima, e um "relacionamento" sem as coisas chatas, tais como ciúmes, cobranças, etc... mas não sei qual era o medo do cara, se era relacionamento, se era ser um PA, se era ser um objeto, um amigo. Tudo se misturou e confundiu. Eu podia estar enganada. Ou certa. Era um amor pra vida toda, sabendo que foi eterno enquanto durou. E foram mais de 7 anos.”

Não há como analisar a relação somente com o parágrafo acima. Para tudo na vida, é preciso conhecer os fatos e as atitudes que antecedem os fatos, mas friamente falando, um relacionamento sem as coisas chatas não é um relacionamento. É só sexo mesmo. E sendo só sexo, só prova que sexo é fisiológico e que, ficar com alguém é uma questão de escolha, pois é com essa que iremos conviver com as “coisas chatas”. Tanto homens e mulheres podem passar pela situação acima. O importante é se autoconhecer para entender os “porquês” desse tipo de envolvimento e não ficar confuso na história.

Porém, existe ainda outro tipo de confusão psicológica que acontece geralmente com as mulheres. O sexo acontece como fator coadjuvante para sustentar a carência afetiva.
De maneira instintiva/inconsciente, os homens buscam o sexo pela necessidade fisiológica. Promiscuamente falando, ninguém entra num triangulo amoroso se não tiver sexo envolvido. Se for só pra bater papo um psicólogo resolveria o problema. Com as mulheres (não generalizando), existe uma necessidade de se envolver psicologicamente para justificar o sexo, e em outros casos, o sexo só existe pra justificar ligação psicológica criada.

Um relacionamento desestruturado favorece um desequilíbrio mútuo. As mulheres param de se interessar sexualmente por “n” motivos (estes que não vêm ao caso) e instintivamente, os homens (não generalizando também) traem pela falta de sexo. Na impede que o oposto aconteça, mas neste tipo de situação, geralmente é a mulher que busca algo fora do relacionamento para satisfazer uma necessidade afetiva, e a atração (sexual) inicia quando nasce algum vínculo emotivo. Há casos onde alguns dizem se apaixonar facilmente, porém, não é que se apaixonam fácil, apenas suprem uma necessidade. Neste ponto o imediatismo consome o necessitado, e quanto mais fácil é o acesso para suprir isso, mais viciante se torna. Às vezes isso é causado até pela falta de amizade na relação, da mesma maneira que também pode ser causada pelo excesso dela.

Nem todos tem a paciência de compreender o que está acontecendo, e por isso há a fuga pelo prazer imediato, sendo ele sexual ou emocional. Viver a vida intensamente é ótimo, mas é fundamental conhecer nossas emoções para compreender onde ela está nos levando.

Não existe uma fórmula para autoconhecimento. Se nós somos frutos de nossas experiências, o que vale é aprender com elas... Mas é aprender e colocar em prática!!!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

“Tudo é dor. E toda dor vem do desejo de não sentirmos dor”...

Sim, tudo é dor . Não querer sofrer já é sofrer. E muita das vezes o processo da busca pelo não sofrer dói mais que passar pela situação que possivelmente causaria a dor a ser evitada. Confuso?! Ok.

As pessoas estão sempre preocupadas em não sofrer. Estão sempre buscando subterfúgios a fim de esconder a realidade.  É o mesmo que mentir pra você mesmo.  Como se “não sofrer” fosse a solução pra todos os problemas. Acontece que quando a realidade aparece, ela nos mostra um mundo que temos evitado. E às vezes o choque pode ser grande.

Outro dia li uma matéria que falava sobre a infelicidade no casamento e de pessoas que tentam a todo custo mantê-lo. Existem inúmeras situações que influenciam tais comportamentos como influência dos pais e/ou sociedade, "preconceito" de ser solteira (o) ou separada (o), por causa dos filhos, etc.

Manter um casamento/relacionamento pra mostrar pros outros e porque você tem "preconceito" de ser solteira (o)  é viver a pior das  infelicidades. Viver à custa da felicidade dos outros e da sociedade é realmente muito triste. Você passa a seguir padrões hipócritas. É querer aparecer bonito na fita. É parecer “ser”. Já não e tão fácil “Ser feliz”, mas “PARECER ser feliz” é mais complicado ainda. É mentir pra você mesmo e se autoconvencer que isso é verdade. Isso se chama mascarar a realidade.

Começa a complicar as coisas quando as pessoas mantém o casamento porque será melhor para os filhos. Se perguntarem a qualquer pai/mãe o que deseja para o filho, a resposta imediata é: “que ele seja feliz”. Mas se nós como pais e responsáveis pela educação, não seria correto ensinar-lhe o que realmente é ser feliz? Se sim, então não acha que a melhor maneira de ensinar seria dando o exemplo?! Ou você quer mostrar pro seu filho que a melhor maneira de ser feliz é fingir ser feliz? Que para ser feliz é necessário viver á “felicidade” da sociedade? Que é viver padrões que não são padrões? 

Ou será que você mantém um casamento só pra “você” ser feliz? Se a saída for essa, é uma pena.  Você pode muito bem querer viver com outra pessoa a qualquer custo, porém é muito egoísmo manter tudo isso só pra sua felicidade.  É muita loucura achar que alguém vai te fazer feliz. E assumir a responsabilidade de fazer outra pessoa feliz é outra loucura! As pessoas são felizes por desejos e sonhos que as realiza.

E ainda tem situações em que, ou a pessoa quer ficar presa a algum dogma, ou que esconde/proíbe a (o) outra (a) de conhecer o mundo.  Em momentos de dificuldade, fraqueza e, talvez, desespero, é que as pessoas se agarram mesmo em alguma crença. Mas da mesma maneira que é viver à custa da felicidade da sociedade, utilizar a religião como fuga é o mesmo que proibir alguém de viver o mundo, porém, no primeiro caso você foge do conhecimento, e no segundo você proíbe o conhecimento.

Mas por que conhecimento? Porque conhecimento liberta. Principalmente o autoconhecimento. Quando nos autoconhecemos nos libertamos daquilo que não queremos e focando naquilo que buscamos. Só assim é possível enxergar o mundo como ele é e as pessoas como elas realmente são.  

Mas isso não é garantia de nada, e nem de tudo.  Para aceitar as nossas escolhas é necessário também autoconhecimento. Eu conheço pessoas que se conhecem tão bem que são capazes de escolher viver a necessidade da sociedade. E elas estão bem com isso. Mas cada um sabe a dor e a delícia de ser aquilo que é.

Enfim, o ideal é que as pessoas encontrem alguém que consiga extrair o seu potencial para buscar a própria felicidade, que faça você se autoconhecer, aí sim você conseguirá ser feliz com alguém, pois se já é feliz por si próprio, só resta a você acrescentar e ser acrescentado.
Partindo do pressuposto que a felicidade é como o amor, é algo a ser vivido, então a felicidade também é algo a ser praticado.  Se é fácil? Não. Não é. Mas ao contrário do prazer momentâneo que gera um vazio, viver a própria felicidade gera um prazer que é perene e preenche. 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

No cerne da Psico-sociedade...

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

O autoconhecimento permite você se inserir nas sociedades de maneira flexível, onde criamos um personagem adaptado a cada situação. E isso é muito válido. Isso é ser sociável. Mas às vezes a falta de autoconhecimento nos leva a percorrer caminhos e jornadas que molda em nossa personalidade um personagem, sendo este o seu “eu” para a sociedade. Isso se torna um problema quando tudo que se tem é esse personagem. Esse falso “eu”.

Eu nunca vi algum tipo de sociedade (independente de qual seja ela) que favorecesse seus membros a buscar a liberdade e/ou buscar autoconhecimento. A sociedade institui normas e comportamentos para nos manipular de forma implícita e silenciosa, para continuarmos ser passivos a ela. As instituições estabelecem um modo de pensar que impera como norma ou uniformidade de opiniões, sentimentos, pensamentos, etc. Mas por quê?! Simples: Quanto mais precisarmos de aprovação da sociedade, mais estaremos nas mãos dela. Conhecimento liberta. Inclusive da própria sociedade.

Qualquer comportamento que vá em direção da independência, da auto-aprovação ou da coragem de decidir, gera antipatia por partes daqueles que seguem os “padrões”, estes que às vezes nem mesmo são padrões. Ou seja, caminhar e criar novas atitudes (saudáveis ou não) em direção de interesses próprios não é bem visto por aqueles que nos controlam, e com o intuito de manter o controle, nossas ações são tachadas na maioria das vezes de egoístas e frias.

Deixar os outros conduzirem nosso jeito de sentir, pensar e agir é permitir sermos manipulados. É permitir que nossos valores resida neles. E quando não conseguimos a aprovação de que tanto procuramos, nós perdemos a direção, nos sentimos um “nada”, emocional ou moralmente sem valor.

Há quem diz ser livre e independente, mas só o autoconhecimento lhe dirá se esse é ou não o seu personagem.  Mas nunca é tarde para melhorar.  O melhor sempre está por vir.

Mas e aí: Seguir ou não seguir padrões?! Isso é uma questão individual. Depende do que você quer da vida e do que quer ser na vida. Há quem goste de viver a vida dos outros como também quem goste de ter a vida baseada em padrões. A questão é o autoconhecimento.  Nossa vida é baseada de sonhos e interesses próprios. Nem sempre o que está no coletivo faz parte dos nossos planos. Se você não tem sonhos e não faz planos para atingi-los, é melhor começar a sonhar e correr atrás deles, pois viver os sonhos dos outros não te fará feliz. Conhece-los é autoconhecer-se. O que importa é ter consciência das próprias atitudes e onde elas podem te levar, pois  a felicidade por prática, não é um produto e sim um jeito de ver e viver a vida. Cada um à sua maneira.

“Tenhamos em mente que não somos o que os outros pensam e, muitas vezes, nem mesmo o que pensamos ser; mas somos, verdadeiramente, o que sentimos. Aliás, os sentimentos revelam nosso desempenho no passado, nossa atuação no presente e nossa potencialidade no futuro...”  Do livro: Os prazeres da alma.