segunda-feira, 9 de abril de 2012

A dor na construção do eu... do seu e do meu...


Citarei três histórias, e depois falarei a respeito.

“Muitas vezes eu saí de casa armada até os dentes, com todos os argumentos possíveis sobre todos os momentos ruins que já passamos juntos. Por tudo de ruim que ele me fez passar. Mas às vezes eu nem chegava a terminar. Na maioria das vezes, eu saía da sua casa pedindo pra ele voltar comigo...”.

“Nossa, meu último relacionamento foi tenso. Namorei por cinco anos com meu primeiro namorado, mas não compreendia como eu consegui ficar tanto tempo neste relacionamento. Ele nunca foi bom pra mim. Nunca me tratou bem ou com carinho. Não que eu fosse uma santa, mas era tão insegura que também aprontava às vezes, já que essa insegurança não permitia que eu criasse raízes na relação. Vivia em pé de guerra. Sempre terminava e voltava, mas sempre sentia algo doentio. Algo que me fazia voltar com ele. Que fazia eu sentir falta dele. Uma vez na tentativa de terminar, declarei tê-lo traído. Mas mesmo assim ele queria ficar comigo. Mas ele mentia o tempo todo, dizia que queria ficar comigo. Eu só consegui por um ponto final nessa história quando o peguei com outra após ouvi-lo pedir pra voltar dizendo que não tinha ninguém.”

“Meu pai bateu muito em meus irmãos quando éramos crianças. Eu não me lembro de ter apanhado dele. Creio que não apanhei mesmo, pois meu respeito (diga-se de passagem: medo) era tamanho à necessidade de fazer tudo certinho. Uma vez ouviu de longe alguém reclamar, melhor dizendo lamuriar, o porquê de a carne moída ter sido misturada ao repolho. Ao chegar na cozinha, perguntou quem havia dito tal coisa. Minha mãe, por puro “respeito”, me entregou aos prantos. Nessa, eu fui obrigada a comer um prato cheio, mas muito cheio, só de carne moída com repolho. Meus irmãos, faziam xixi na calça só por ouvi-lo clamar seus nomes. Meu irmão, apanhava sempre que voltava do mercadinho, pois sempre trazia coisas erradas. Não que ele era lesado, mas sentia tanto medo de errar que esquecia o que realmente lhe foi solicitado e acabava trazendo outra coisa, mesmo que errada. O que eu não entendo é porque eu o amava tanto. O porquê sentir tanto a sua falta mesmo depois de tantos anos passados de sua morte. Chego a ter medo do vazio que eu sinto com a sua ausência...”

Muitas vezes nos perguntamos sem encontrar a resposta, porque nos permitimos passar por tantas situações ruins e/ou não nos libertamos dessas amarras que possuímos com o passado.
Cada situação é mais complexa que a outra, mas a resposta é muito simples: tudo culpa da dor e da falta de autoconhecimento.

No primeiro caso, faltou explicar o que ele fazia para que ela, mesmo querendo terminar, continuasse com ele. Percebendo a intenção dela, antes que ela puxasse o gatilho que anunciaria o término da relação, ele se antecipava e anunciava o que ela tanto queria. Como nós não somos educados a lidar com nossas frustações, sentir a dor da negação fazia com que o jogo se invertesse, e seus planos iam por água abaixo. Durante o término de uma relação, só existe uma pessoa capaz de impedí-lo(a) de tomar tal atitude: que é você mesmo.

Ninguém melhor que nós mesmos para ser nosso melhor amigo. Mas ninguém pior para ser nosso pior inimigo.

Já nos outros casos, o processo é um pouco complicado.
A sociedade é recheada de vários exemplos de relacionamentos conturbados, seja ele em família, namoro ou casamento. Quantos de nós não conhecemos uma mulher que apanha do marido, mas que nunca consegue sair da relação?!

O problema é que esses relacionamentos são baseados na dor. É tanto sofrimento que a dor passa a ser o combustível da relação, seja qual ela for.

A nossa vida é moldada pelo prazer, podendo ser ele sexual, visual, auditivo, tátil, etc. Imagine nosso corpo como uma máquina, onde o cérebro é o centro de processamento de dados e o resto do corpo é responsável pela capitação de estímulos. A partir do momento que algum estímulo é gerado, automaticamente o cérebro processa esse estímulo e grosseiramente falando, ele entende que nosso corpo foi excitado. (excitado = estímulo). Porém, as mesmas células que recebem prazer são as que processam a dor.

Exemplificando melhor, o mesmo tapa que provoca a dor é o que provoca prazer no sexo. De uma maneira inconsciente nós ficamos excitados com o sofrimento, e isso causa uma dependência, porém negativa.
No segundo caso, existe um mix de prazer e dor no relacionamento. É a famosa estória de conto de fadas onde a mocinha se apaixona pelo bandido. Se tivermos consciência de que ele é “bandido”, por que manter-se na relação? Alguns gostam de correr de moto ou carro, outros de pular de paraquedas, e alguns gostam de sofrer. Não que o sofrimento seja uma escolha, mas da mesma maneira que nos outros casos, sofrer também gera adrenalina.

Já no terceiro caso, não existe mix nenhum. É só dor. Imaginando que nós procuramos tornar-nos pessoas melhores a cada geração, provavelmente o que este pai conseguiu ser com os filhos foi fruto das experiências dele. Se ele já vem melhorado, imagine só o que este indivíduo passou quando jovem...

Como a relação deste caso é paternal, não temos como simplesmente “terminar” com o relacionamento. O que se pode fazer é autoconhecer-se e compreender a causa do sofrimento, e entender que este pai deu o melhor que ele pôde.

Estou sempre frisando a importância do autoconhecimento, e mais uma vez volto a dizer a sua importância. Mesmo que saibamos como evitar o erro e/ou situação que nos desagrada, se não possuímos conhecimento, neste caso o autoconhecimento, conhecimento do processo de como foi causado tal situação, estaremos fadados a passar pela mesma situação novamente. Conhecimento liberta, inclusive, de permanecermos no mesmo erro. A partir do momento que a ignorância é deixada, só cabe a você permanecer no erro por livre espontânea vontade.

Você pode escolher entre ser o retrato de sua criação, ou fruto de suas próprias experiências.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Heroes...

Este texto foi escrito em inglês porque foi tema de uma aula... de inglês! =)



Sometimes we think how would be if we were heroes or if we had superpowers. Actually, we are heroes. But no one knows that.

We are always looking for something to help us to get ours goals, searching for any solutions or stuffs could solve some troubles. Why it is always happening?

Easy to answer.  Our focus is in the trouble, not in the solution. We are much focused in don’t suffer , don’t feel pain and we forget the main, the solution.

If you just wait the solution, or someone helps or something happens to you, if you pass by the same problem, probably you will need some help again, because you wasn’t part of the solution or hadn’t participation on it.

You can be thinking “What a hell is it mean?”.  What I mean is, all these things are our heroes. The worst think is wait for this kind of hero. There is no hero like it. But the good news is, we can be our own hero.

We need stop search for theses heroes and starts to believe in ourselves. The time we spent waiting is the same time we spent to solving some troubles. We need find knowledge, self-knowledge, we need study about everything that makes us grow up.

Think about, how good it could be if all ours goals were got by ourselves?!