quinta-feira, 5 de maio de 2011

Quero a sorte de um amor tranquilo...

 “Eu quero a sorte de um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Nós, na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva”



Assim como Cazuza (grande romancista que foi), todos nós queremos “um amor tranquilo” também, mas o que mais encontramos são amores truncados, confusos, conturbados.


Ao mesmo tempo que nossas experiências nos trazem conhecimento e nos tornam... experientes (:-/)... elas também nos blindam de tal forma que tendemos a nos fechar e a desconfiar de todos para evitar um sofrimento que já experimentamos outrora.


Esse receio todo é que acaba transformando relacionamentos. O que poderia ser uma coisa tranquila se torna um mar de desconfiança, de cobranças, de juramentos e promessas descabidas.


Na minha opinião, o grande problema dos relacionamentos sempre foi o compromisso. O compromisso de ter que ser assim ou assado. O compromisso de ter que fazer isso ou aquilo. O compromisso de ter que ser único. De ter somente... De ser somente...


É como estar numa sorveteria e ser obrigado a tomar somente o de chocolate, ou o de baunilha. Ó, e não venha você experimentar o meu... digo, a minha.


Não sou um adepto da poligamia ou coisa parecida. Mas também não me apego às coisas a ponto de querer só pra mim. Ou achar que sou dono. Principalmente quando essa coisa se trata de uma pessoa.


É claro que não me sentiria bem sabendo, por exemplo, que minha mulher pegou outro cara. Mas não é por aí que vou convencê-la a não pegar outro cara. “Você não pode ficar com ninguém porque está comigo”. Sinceramente, isso não funciona. Cada um faz o que tem vontade. Afinal de contas, quanto mais você deixa de fazer o que você tem vontade, mais infeliz (e bloqueado) você vai se tornando. E o relacionamento vai afundando cada vez mais.


As pessoas procuram conhecer umas às outras já com um (vários) “pre”conceito(s). Por que não abrir um leque de possibilidades e conhecer a pessoa como ela realmente é? Às vezes somos vestidos com “fantasias” de quem não somos, e quando o convívio vem, começa o “você não era assim...”. Às vezes nos falta a liberdade de ser quem realmente somos.


Sinceramente, eu acredito no poder da liberdade. Qualquer um pode dar ao outro as mesmas coisas, mas dificilmente alguém dá liberdade. E é essa liberdade que nos deixa tranquilos (lembra do amor tranquilo?). Tranquilos ao ponto de sabermos que não devemos nada ao outro. Que não nos completamos, mas sim somamos. Nós temos que ser completos individualmente. Nos bastar. Precisamos ser felizes sozinhos, para compartilhar a felicidade com outro, e não buscar a felicidade no outro. Não impor regras e limites. “A felicidade é o limite”.


No final das contas, apesar de toda essa liberdade, quem é que vai querer trocar um amor tranquilo, sem cobranças, altruísta, por uma outra aventura qualquer?

7 comentários:

  1. NA TEORIA ISSO É PERFEITO! O DIFICIL É VC ENCONTRAR PESSOAS QUE ESTÃO DISPOSTAS A CORREREM ESTE RISCO! PQ NO PRIMEIRO CONTRA TEMPO Q OCORRE ELAS SE AFASTAM. COMO BOA MINEIRA, ACHO PERFEITA A MUSICA DO JOTA QUEST ..."A LIBERDADE É O QUE NOS PREENDE" PQ NÃO EXISTE COISA MELHOR DO Q A NOSSA LIBERDADE E AO MESMO TEMPO SERMOS FELIZES SEM COBRAÇAS, DESCONFIANÇAS, SEM MEDO, ESTAR AO LADO DE PESSOAS Q NOS FAZEM BEM, NOS ACRESCENTA EM ALGO. E Q AO MESMO TEMPO SEM ELA, CONSEGUIMOS SER FELIZES! ISTO SIM! É QUE É FELICIDADE COMPLETA! É EM PRIMEIRO LUGAR ESTAR FELIZ COM VC! NÃO EXISTI NADA MELHOR...

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  2. Certa vez eu saí de um relacionamento desses truncados, confusos, conturbados. Mas nem foi amor. Difícil até nomear o que foi. E saí blindada sim, por causa de um cafajeste e tudo o que “eu me deixei” sofrer. Mas depois deste tive a sorte de um amor tranqüilo. Não foi fácil, nem instantâneo eu acreditar novamente no “amor”, em novas possibilidades, nos homens, e encontrar a minha felicidade. Era um amor assim que nem o que você descreveu. E a pessoa com quem estive sempre fez a maior questão de não vestir nenhuma fantasia de fingir ser o que não era. E durante um bom tempo tive o prazer de conviver com uma pessoa maravilhosa. Até ele começar a me enganar, mentir pra mim, não sei se traiu (pois nunca tive provas), e me tratar muito friamente (acredite, da noite para o dia).
    Mas dessa vez consegui sair do relacionamento imunizada, completa individualmente, sem “pre”conceito(s), de bem comigo mesma. Saí muito magoada sim, mas não deteriorada para relacionamentos posteriores.

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  3. Eu também acredito no poder da liberdade. Dá pra se ter um relacionamento tranquilo, sem neuras,daqueles em que você se apaixona cada dia mais um pelo outro pelas pequenas coisas, sem precisar desrespeitar nem trair. Num amor tranquilo, onde você não se sente sufocado, receioso e podendo ser você mesmo, nem precisa abrir mão da liberdade, não vai mesmo querer trocá-lo por uma aventura qualquer não.

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  4. Oi Cláudio!Sobre a frase q vc tinha pedido p eu comentar: “Cada um só dá aquilo q tem.”
    Ela dá margem p um comentário de páginas e páginas. Nós,seres humanos,temos a mania de esperar demais das pessoas, e acabar nos frustrando com isso.Não só das pessoas,de situações,do tempo,mas principalmente das pessoas.E elas só podem nos oferecer o q elas têm dentro de si.
    Se a pessoa só tem ódio no coração com certeza vai descontar o mal em tudo e todos. Mas se tem amor vai contagiar a todos ao seu redor.Se é alguém amargo,de repente não vai conseguir amar ninguém nem deixar q a amem... e por aí vai.
    Então acho q mesmo q não recebamos algo de bom de um ou de outro. Que continuemos dando aquilo de agradável que temos p oferecer.Eu sou uma pessoa mt de boa,na minha.E msm qdo alguém chega me “atacando”,costumo fazer aquela cara de paisagem sabe?Um olhar assim de filhote de cão beagle,rs.

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  5. Acho q é o sonho da maioria dos homens e mulheres ter a sorte de um amor tranquilo.E q seja assim como a letra da música "Todo o Amor Que Houver Nessa Vida" do Cazuza.Se possível do início ao fim da letra.É uma pena q mts casais ainda percam tempo c discussões e cobranças tão insignificantes.Ao invés de curtirem um ao outro,e deixarem q vivam livres.E não assistirem o relacionamento se afundar e se tornar cada dia mais intolerante,sem amor,e sem graça.

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  6. Amor traquilo? Acredito que seja mesmo sorte, quem possa viver um hoje em dia. Pois os casais vivem paixões avassaladoras que duram pouquinho tempo, que as vezes deixam marcas dolorosas mas não têm significado algum. No final fica um vazio. Não há amor, nem tempo pra conhecer um ao outro, muito menos viver um amor gostoso e tranquilo. E como é delicioso ter a sorte de um amor tranquilo!

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  7. Ficou parecendo que não entendi o sentido do "tranqüilo" do post,né? Então só pra complementar: Acredito que só quem já amou alguém de verdade um dia, ou ama, sabe o que é o desejo de querer ter um amor tranqüilo como Cazuza descreve na música. E não temos mesmo que ter o compromisso de sermos únicos como você disse, ou de fazermos certo momento ser perfeito e tal... O importante é sermos nós mesmos em relacionamento e dar a liberdade de o outro também ser. Temos os nossos defeitos e vamos ter que aprender a aceitar a alguns defeitos do outro igualmente... Da mesma forma q não vai adiantar um sujeitar o outro a permanecer no relacionamento contra a vontade. E concordo q ninguém completa ninguém. Só somamos.

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