quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sexo ou chocolate?

Sim. Já tive uma namorada que gostava mais de chocolate do que de sexo. Estávamos entre amigos quando ela nos contou isso. Na época ainda não namorávamos, mas quando começamos já sabia o que ela pensava 
a respeito.

Da pra pensar que ela era uma pessoa inexperiente, mas não. Na época eu era o seu quarto namorado (contando somente os que fizeram sexo... rsrs). E se tinha uma coisa que ela fazia muito bem era isso. Ela sabia o que estava fazendo e gostava muito do que fazia. Se Nelson Rodrigues a conhecesse, tenho certeza que ele diria que ela conseguiu ser a puta na cama da qual ele tanto falava. Mas aí vem a pergunta: como assim ela gostava mais de chocolate?

Fácil de responder. Realmente ela fazia o papel de puta. Fazia loucuras na cama, mas não sabia o que era prazer. Pena que isso é se vender tão barato. A partir do momento que abrimos mão de nós mesmos, passamos a nos prostituir.  Dar prazer pro homem é muito fácil, e sexo, é uma coisa que sempre queremos. Só que a maioria dos homens não pára pra pensar ou perceber se a companheira está tendo prazer ou não. E provavelmente foi o que aconteceu, com relação aos ex-namorados. Por mais que estejamos buscando o nosso prazer, também queremos que seja recíproco, tanto pra receber como pra proporcionar.

A mudança de opinião não foi mágica, nem tampouco rápida e nem fácil, esta que ocorreu somente depois do seu primeiro orgasmo (primeiro mesmo). Porém, existe um grande problema em situações nas quais as pessoas se anulam. A culpa é de quem se anula. Não podemos culpar as pessoas por serem “egoístas’ (não que eu esteja a favor e concorde com isso). “Imagine uma criança que você dá 10 reais todo dia, mas não se impõe e explica que vai ficar sem dinheiro no final de mês”. Dentro de algum tempo ou você começa a ficar sem dinheiro (posto que, pra quem recebe o $$$ é normal) ou você passa a economizar posto que a outra pessoa esteja consciente do que você também necessita.

Já dizia Skank “é como mergulhar no rio e não se molhar”. Era isso que acontecia. Ajudá-la a compreender que sexo não se tratava apenas do prazer masculino, foi o ponto chave da questão, mas apenas a fez descobrir o que ela podia ter além. Agora, quanto a bloqueios, com certeza ela tinha um monte. E alguns a influenciava para que ela se anulasse na hora do sexo.

As pessoas agem de acordo com os estímulos que elas recebem. Se receberem estímulos bons, fazem coisas boas. Se receberem estímulos ruins, se eles não forem filtrados, fazem coisas ruins, tanto pra elas mesmas quanto para quem está à sua volta. E quando se trata de bloqueios, existem dois fatores importantíssimos a serem analisados antes de tentar qualquer coisa pra ajudar alguém a superá-lo. Primeiro: A pessoa tem consciência que ela tem um bloqueio e qual sua origem? Segundo: A pessoa continua recebendo o estímulo que causa este bloqueio?

Se conseguir responder a primeira, já foi feito o passo mais importante, pois quando se tem consciência do que te faz mau, fica fácil de responder a segunda, que é só sair de onde está o estímulos ou evitá-lo. Agora, se não responder as duas questões, simplesmente esquece.
Mas mais importante que querer ajudar alguém, é que a pessoa queira se ajudar. Eu vejo um monte de mulheres que vivem reclamando que só encontram cafajestes. Outras ainda dizem ter o “dedo podre”. Mas será que não falta uma auto-avaliação? É, errar é humano, mas permanecer no erro...

Felizes são as mulheres que se impõem quando o quesito é algo que se gosta e/ou deseja. Não querer ficar mais com esses cafajeste é sinal de que existe um grande autoconhecimento. Mas homens e mulheres continuam cometendo os mesmos erros, e na maioria das vezes é por não quererem ficar sozinhos. O fato é que, antes de não querer ficar sozinho, tem que querer estar bem acompanhado.

Precisamos saber quem realmente somos e o que desejamos, pois, quem não sabe o que procura, não entende o que acha. Mulheres problemáticas e homens egoístas nunca vão acabar, mas podemos melhorar os relacionamentos se focarmos no que a gente deseja ao invés de focar no que a gente não deseja...


9 comentários:

  1. Arrasou! Amei o post! Você falou tanta coisa coisa legal, que nem dá pra citar qual parte, senão nem caberia aqui ou viraria um plágio, rs. Tudo de Bom! Tenho certeza que dessa vez as amigas da Júlia não vão se sentir subestimadas, pois neste post você também citou quando os homens não valorizam as mulheres.
    E se essa sua ex-namorada lê o blog vai ficar feliz de ter sido elogiada. Apesar que, acredito que ela vá ficar chateada de você ter mencionado a quantidade de namorados com quem ela já tinha tido relações sexuais, não?

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  2. A famosa frase de Nelson Rodrigues: “A mulher ideal deve ser dama na mesa e puta na cama”. E o seu blog ainda me fez lembrar outra frase dele: “Se todos conhecessem a intimidade sexual uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém”.Enfim...
    Gostei demais do post. Agora eu q digo,sábias palavras!Mas fiquei aqui refletindo um tempo antes de comentar.Talvez eu tenho uma visão um tanto romântica,não sei.Você fala aí “Ela realmente fazia o papel de puta”. Fiquei imaginando se ela não teria outros predicados.E depois vou nessa outra parte q achei interessantíssima e mt válida:“Por mais q estejamos buscando o nosso prazer,tb queremos q seja recíproco,tanto p receber como p proporcionar”.
    Ajudá-la a compreender td o q vc descreveu,e q não foi fácil,e ainda c a existência de bloqueios.Você não precisou de mto amor, carinho, paciência c ela, não? Ou eu realmente estou tendo uma visão romântica? Afff. Eu e meus devaneios,rs.
    Sobre a frase do seu comentário no post anterior,vou precisar refletir mais...

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  3. Olha, se tem uma coisa que eu sempre deixei claro com minhas namoradas foi que, o passado e as experiências delas não me interessam (no bom sentido). O que me interessa nas pessoas são o que elas são. Eu não acho que as pessoas devam se envergonhar do passado, pois nossos somos frutos de nossas experiências. Assim como eu também sou fruto das minhas. Infelizmente eu tenho um déficit com relação às minhas EXs, que nenhuma conversa comigo. E eu fico triste com isso, pois eu gostaria de continuar amigo de todas. Eu tenho amizade com os namorados, amigos e até marido de uma, mas elas não. Mas eu não as culpo. Eu tenho consciência de que não é fácil ficar sem algo que se experimenta e gosta, mas nenhuma teve a consciência de que não devemos abrir mão de nossos sonhos...
    E, fico satisfeito de saber que gostou do post. Espero que ela e as amigas goste também. E é através dos comentários que posso discorrer sobre o que penso, não só sobre as mulheres, mas do comportamento humano em si.

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  4. Me perdoe a sinceridade, mas você foi convencido, rs. Em falar que elas experimentaram, gostaram e não conseguiram ficar sem. As vezes num término de relacionamento um sai magoado, ou com raiva, e não quer mesmo ver o outro nem pintado de ouro, ainda mais ser amigo.
    Eu por exemplo sou o tipo de mulher que prefere colocar uma pedra. Seguir em frente, sem a menor dependência, nem sentimental! Acabou acabou. Nada de telefonemas, mensagens, ceninhas. The End.

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  5. Apesar do meu jeito racional de pensar, eu sou um amante a moda antiga. rsrs.
    Olha, tem meia hora que eu to escrevendo e apagando as coisas que eu escrevo. Tem assuntos que são tão complexos que é impossível resumir. Mas continuem perguntando que eu vou escrevendo mais posts... E qto à pergunta, pode pensar o tempo que quiser...

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  6. rsrs. Eu não quis ser convencido, por eu tenho meus defeitos também, como elas tbm têm suas qualidades. Mas pra tentar explicar melhor vou usar palavras de Saint-Exupéry: "tu te tornas responsável por aquilo que cativas". Mas Saint-Exupéry tbm dá margem pra muito post... rs.

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  7. Hm,vc me enrolou aí na resposta,colega.E acabou não respondendo minhas perguntas.Será q pq foi uma pergunta um tanto pessoal? =(

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  8. rsrs... Eu vou responder, porém num outro post. Há certos assuntos não tem como falar sem puxar outros assuntos. Ok?! =)

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  9. Aproveitando a deixa do seu comentário sobre Saint-Exupéry, eu entendi o que você quis dizer com a frase. E concordo que as frases dele dão margem pra milhares de posts.
    Eu já me encontro na casa dos 40, e O Pequeno Príncipe ainda é um dos meus livros favoritos. E creio sim que criamos laços com todas aquelas pessoas que um dia passaram em nossa vida, ou que ainda permanecem nelas, e que nos deixaram algo de positivo (ou que deixamos pra elas ), nos ensinaram algo valioso (ou vice-versa)... "Nós tornamos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos", e de certa forma também por aquilo que nos cativou.
    No livro o príncipe teve a sorte de ter a oportunidade de se despedir da raposa, outro alguém importante que passou na sua vida, além da rosa que cuidou com tanto carinho. Nem todo mundo tem.
    Alguns passam por nós, mas se vão ressentidos, nos deixam marcas ou deixamos nelas. Ou simplesmente não deixam nenhuma lembrança que valha a pena...

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